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Estudo Revela Impacto Fotoquímico nas Emissões de Veículos Euro 6

November 15, 2025

Desvendando a Ciência por Trás da Formação de Aerossóis Secundários

Imagine a luz solar banhando a paisagem urbana. Enquanto o ar parece calmo, reações químicas invisíveis estão transformando os gases de escape dos veículos em novos poluentes mais perigosos — aerossóis secundários. Essas minúsculas partículas não apenas degradam a qualidade do ar, mas também representam riscos significativos à saúde humana. Mas como exatamente essa "alquimia de emissões" ocorre?

Desvendando a Ciência por Trás da Formação de Aerossóis Secundários

Um estudo inovador investigou o papel das transformações fotoquímicas na criação de aerossóis secundários. Conduzido no Laboratório de Combustão ILMARI da Universidade da Finlândia Oriental, a pesquisa se concentrou em dois veículos de passageiros Euro 6:

  • Um SEAT Arona a gasolina (Euro 6b) equipado com um conversor catalítico de três vias
  • Um SEAT Ateca a diesel (Euro 6d-temp) com um catalisador de oxidação, filtro de partículas diesel (DPF) e sistema de redução catalítica seletiva (SCR)

Usando um dinamômetro de chassi (Rototest VPA-RX3 2WD), os pesquisadores simularam quatro cenários de condução distintos para replicar as condições do mundo real e analisar seu impacto na formação de aerossóis secundários.

Design Experimental: Imitando as Condições de Condução do Mundo Real

O estudo reconstruiu cuidadosamente quatro cenários de condução para entender os padrões de emissão em diferentes condições:

  • Partida a Frio e Cruzeiro a 70 km/h (CSC70): Simulação da partida do motor após inatividade prolongada (mínimo de 12 horas), com amostragem começando imediatamente na ignição e atingindo velocidade estável em 15 segundos.
  • Condução em Rodovia a 120 km/h (D120): Recreação de viagens em alta velocidade sustentada para avaliar as emissões durante as condições típicas de rodovia.
  • Carga Alta do Motor (3000 rpm, ~40 kW de potência na roda): Imitação de situações exigentes, como subida de colinas ou aceleração para ultrapassagem.
  • Carga Extrema do Motor (5000 rpm, ~50 kW de potência na roda): Representação de cenários de desempenho máximo para avaliar os limites de emissão.

Para testes sem partida a frio, os pesquisadores pré-condicionaram os motores, funcionando a 3000 rpm com carga de 50 Nm por cinco minutos antes de ajustar aos parâmetros de teste, garantindo temperaturas estáveis do motor e concentrações de emissão.

Variedades de Combustível: Avaliando Fontes de Energia Alternativas

O estudo incorporou diversas formulações de combustível para avaliar seu impacto ambiental:

  • Veículos a Diesel: Testados com biodiesel B7 padrão (7% de conteúdo renovável) e óleo vegetal hidrotratado (HVO) 100%, uma alternativa renovável de queima mais limpa.
  • Veículos a Gasolina: Avaliados usando misturas comerciais de etanol (E5, E10) e gasolina reformulada (RFG) contendo aproximadamente 20% de teor alcoólico.

Todas as mudanças de combustível ocorreram em centros de serviço certificados com limpeza completa do tanque entre os testes para evitar contaminação cruzada.

Implicações Científicas: Abrindo Caminho para um Ar Mais Limpo

Esta pesquisa fornece informações críticas sobre como as emissões dos veículos evoluem sob a luz solar, particularmente em relação aos óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (VOCs) — precursores-chave para o ozônio e aerossóis secundários. As descobertas sugerem:

  • Condições de alta carga geram emissões elevadas de NOx e VOCs, acelerando as reações fotoquímicas
  • Gasolina misturada com etanol pode aumentar as emissões de aldeídos, potencialmente aumentando a produção de aerossóis secundários
  • Sistemas avançados de pós-tratamento (DPF, SCR) demonstram eficácia variável dependendo das condições de operação

Esses resultados informarão modelagens de qualidade do ar mais precisas e ajudarão os formuladores de políticas a desenvolver estratégias de redução de emissões direcionadas. À medida que a tecnologia veicular evolui com o aumento da eletrificação, estudos futuros podem examinar como os veículos híbridos e elétricos influenciam a formação de aerossóis secundários por meio de emissões não-exaustivas e vias de produção de energia.